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Por que eu ouço, mas não entendo?

Esse questionamento raramente é feito em voz alta por quem sofre de perda gradativa de audição. É preciso que quem esteja ao redor fique atento aos sinais e se questione sempre: “por que essa pessoa não está entendendo o que eu digo?”. Aqui nós vamos falar um pouco sobre esse assunto delicado que merece uma atenção mais que especial.



Durante o envelhecimento o corpo humano sofre alterações e isso inclui todas as estruturas do sistema auditivo. Observamos que grande parte idosos apresentam queixas de ouvir, mas não entender, dificuldades para se expressar, extrema distração e isolamento. Tudo isso pode estar ligado a perda de audição.

E por que isso acontece?

A perda auditiva causada pelo envelhecimento é chamada de presbiacusia, de característica progressiva e simétrica, ou seja, a perda auditiva acontece de forma igual nas duas orelhas. Os sons dentro da cóclea estão organizados de forma que as frequências mais altas, os sons agudos, (acima de 2KHz) são perdidas primeiro.




As frequências mais altas referem-se por exemplo, a sons como som de água e canto dos passarinhos. Essas frequências estão presentes nos sons de fala, sempre nas consoantes, enquanto as vogais costumam ser de média e baixa frequência.


Algumas consoantes como o som de “Z”, por exemplo, podem ter frequências de até 8000 Hz (8 KHz). Por isso, idosos e pacientes com prejuízo nas frequências mais altas relatam que são capazes de ouvir o que os outros falam, mas que não conseguem compreender de forma clara o que está sendo dito devido. Resultado da perda de informação dos sons das consoantes.

Cuidados e senso


Ambientes mais ruidosos podem oferecer maior dificuldade auditiva aos indivíduos com perda de audição, o que pode favorecer o isolamento e aumentar as dificuldades sociais. É dever dos mais próximos observar quando algo está incomodando, seja gentil e atencioso nesse momento.


Outra queixa importante é a hipersensibilidade para sons fortes. Os idosos podem se queixar de que os sons estão muito altos, quando na verdade estão em níveis toleráveis para quem não tem perda auditiva. Ou seja, gritar com pacientes que tenham presbiacusia com o intuito de fazê-los ouvir, não resolve. Mantenha a calma e fale em tom ameno. Quando gritamos as vogais são amplificadas, enquanto as consoantes permanecem inaudíveis, o que torna a comunicação ainda mais desconfortável.

A observação é muito importante


A perda de audição pode causar estresse, zumbidos, vertigem, desequilíbrio,

exaustão durante o dia, favorecer o isolamento social e aumentar o risco para desenvolver

depressão e tudo isso influencia diretamente na qualidade de vida.


Esses sinais podem ser facilmente confundidos com o simples envelhecimento, então a observação dos sinais é fundamental para a primeira detecção, mas ressaltamos, para

ter certeza sobre uma dificuldade auditiva, é necessário realizar exames de audição para saber o comprometimento da perda. Nesses casos é indicado o uso de aparelho auditivo para a reabilitação da audição.


Consulte periodicamente um Fonoaudiólogo e um Otorrinolaringologista para saber como está a sua saúde auditiva e as suas opções de tratamento e se necessário realizar o tratamento adequado. Não perca e não deixe que quem você ama perca os pequenos prazeres da vida.

Você está passando por uma situação dessa? Compartilhe como você enfrenta essas situações e ajude outras pessoas.

Texto escrito por Fga. Tais Picinini

Taís Picnini é fonoaudióloga formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Mestre em distúrbios da comunicação humana pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Na clínica Boreal, Taís atende os pacientes com perda auditiva, fazendo a indicação do aparelho auditivo, alem de acompanhamento dos pacientes novos para a melhor adaptação e desempenho do aparelho selecionado.

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